30 de setembro de 2009

decreto Lei nr 265/2009

Passou mais um dia. Eu na serra, a tentar explicar a umas tantas mentes, ainda abertas, a necessidade de persistir, de contra a maré, nos mantermos vigentes, legais.
E o que é estar dentro da legalidade?
Bem, no que concerne a explosivos, dá vontade de rir.
Apetece-me convidar as sapiencias a deslocarem-se às pedreiras e sentarem-se e assistirem.

Primeiro, há que ser adivinho. O industrial tem que lamber a pedra e adivinhar o maciço subterraneo, depois, fazer os calculos, à grama da quantidade de explosivo que vai precisar, nem mais nem menos. Depois, tem que ser meteorologista, com precisão, não falhar na previsão que, no alto da serra, não vai chover.
O desgraçado do operador, não tem direito a estar indisposto, pois é o unico elemento da empresa que tem que estar presente, sempre, sempre. Os outros que também gostariam, estão sentados à espera, já velhinhos, que alguém venha, uma alminha sabedora, para atestar que já podem mexer naquilo.

Asseguradas as premissas, há que encomendar e obter, mas só umas horinhas, após tocarem as badaladas que anunciam a noite, já não dá, já não pode, por isso, desenganem-se aqueles que tem a leviandade de achar que a utilização de explosivos poderia ser mais segura se fosse praticada fora das horas de laboração industrial.

Segundo as autoridades, o fornecedor deverá ser também detentos de artes mágicas, porque quando os lobos uivam já deverá ter recolhido, mais de 50 sobrinhas aqui e ali, por este Portugal afora. Assistimos nesta altura, ao milagre da multiplicação dos veiculos com ADR. Amen!!

Depois, temos a parte da fiscalização, novamente se apela a uma arte divina, desta feita, no sentido de se saber distinguir, com mestria e sem erros, a diferença entre a gandulagem prolifera que entra à sucapa nas pedreiras para rapinar tudo o que encontra e os nossos amigos inspectores que também entram à sucapa, também enfiam o nariz em seara alheia, mas são amigos. Eles e as multinhas.

Agora, entramos num novo tempo. Terá decerto que ver com o simplex, ora vejamos, pretende-se rastrear os produtos que explodem. Ora se não podem ter a não ser estritamente para os explodir imediatamente, vai-se rastrear o quê? Os estilhaços?
Não sei...

3 comentários:

Inês disse...

És má lingua poxas! Eu cá, tirei a ideia e cá em casa, desde os miudos ao cão, já tudo tem código de barras!

Milhita disse...

Agora é que vai andar tudo a toque de barra!!
Olha, o Xico já tem, código e antena...

José Sousa disse...

Foi a primeira vez que estive aqui mas, tenho que lhe dizer que gostei bastante desta sua menssagem. Prabens.
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Um abração